A troca de insultos no Supremo Tribunal federal

Inacreditável... Se não der para assistir o video, estadão.com publicou uma transcrição da discussão toda... o trecho mais virulento:

Barbosa - Tinha uma vírgula e, logo em seguida, a situação de uma lei. Qual era essa lei? A lei dos notários. Qual era a consequência disso? Incluir notários nos regimes de aposentadorias de servidores ...

Mendes - porque pagaram por isso durante todo o período e vincularam...

Barbosa - ora, porque pagaram...

Mendes - se vossa excelência julga por classe, esse é um argumento...

Barbosa - eu sou atento às consequências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso.

Mendes - vossa excelência não tem condições de dar lição a ninguém.

Barbosa - e nem vossa excelência. Vossa excelência me respeite, vossa excelência não tem condição alguma. Vossa excelência está destruindo a justiça desse país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia a rua, ministro Gilmar. Saia a rua, faz o que eu faço.

Britto - ministro Joaquim, nós já superamos essa discussão com o meu pedido de vista.

Barbosa - Vossa excelência não nenhuma condição.

Mendes - eu estou na rua, ministro Joaquim.

Barbosa - vossa excelência não está na rua não, vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso.

O comentarista conservador da Globo lembrou da liturgia do cargo, etc...

Pessoalmente, prefiro o quebra-pau mais direto, com menos linguagem enrolada que parece ser criada especificamente para afastar o povo das decisões.

Parece ser o mesmo medo da igreja católica quando combatia as traduções da Bíblia promovidas pela reforma protestante, temendo perder o monopólio da palavra de Deus.

Hoje, só o Papa reza em latim... e qualquer um, mesmo os católicos, podem ler a Bíblia livremente.

Concordo que o STF não deveria ter o mesmo clima da geral do Maracanã... Mas, uma postura mais próxima da realidade e uma linguagem menos artificial e distante do povo seriam um progresso com certeza.

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