Professores

P R O F E S S O R E S

Afinal, quem tem medo da AVALIAÇÃO?

Não são, concerteza, os 30%? De professores que com brio, coragem e muita perseverança, vão transmitindo conhecimentos, saberes e competências, todos os dias, aos seus alunos. Os que têm medo são os outros 70%? Em 1975/76 o Ministério da Educação abriu as portas, de par em par, a milhares de candidatos/as a professores bastando, para isso, o seguinte: - Ser de esquerda - Saber ler e escrever - Filiar-se na Fenprof - Estar 100% à disposição do sindicato nas suas lutas sindicais Estar habilitado, ter competência para transmitir conhecimentos, ter força e motivação para incutir valores, isso não era importante. O que interessava era, e conseguiram-no com êxito até hoje, ter um sindicato forte que lhes proporcionasse um emprego estável, boas remunerações e progressões nas carreiras para todos, principalmente aos mais activos nas lutas sindicais, como se está a constatar neste conjunto de manifestações. Qual é a percentagem de professores que estão em todas? É elevada. Quantos manifestantes não são professores? Devem ser muitos, também. Ter o mérito para formar, educar e preparar os nossos jovens, filhos e netos, para enfrentar, com confiança, o seu futuro nesta sociedade altamente competitiva, isso não era prioritário. Assim, volvidos mais de 30 anos, temos uma sociedade onde impera a corrupção em todos os patamares, o facilitismo, a indisciplina, a falta de rigor, a falta de valores como o trabalho, a disciplina, a persistência, a ambição de querer saber mais e melhor, a ética, a boa conduta cívica, a solidariedade verdadeira, etc.. Os professores ao não terem sido avaliados pelo seu desempenho, que é muito distinto, deram às nossas crianças a 1ª lição de dupla corrupção. Professores que, sistematicamente, faltam às aulas, que não preparam as lições, que se limitam a ler( e mal ) as mesmas, que não conseguem entusiasmar os alunos para o estudo que irá ser a base, os alicerces do seu sucesso no futuro, deveriam ter nota negativa ou a dispensa desta nobre actividade. O mais grave é que muitos alunos gostam deste tipo de professor que é bué de fixe porque dá pouca matéria, sem grande exigência, manda fazer poucos testes, falta muito e passa-os sempre. Assim, em relação aos alunos passa-se a mesma coisa. Mau comportamento, faltas às aulas e fraca evolução no estudo dá o mesmo resultado, passagem de ano. Como se sentirão os professores e os alunos com comportamento contrário, positivo, e que têm o mesmo resultado? É justo? Se tivesse havido avaliações sérias, e não faz de conta como querem continuar a ter, como disse o nosso 1º ministro na televisão, teríamos hoje, passados mais de trinta anos, uma sociedade com jovens melhor preparados e formados, desde logo: - A saber pensar - Com maior poder de reflexão - Melhor raciocínio - Outro gosto pelo trabalho - Boa conduta cívica - Mais persistência Os pais também deveriam estar atentos a este fenómeno, mas o seu ego, a sua auto-estima, por terem filhos licenciados e doutorados, não lhes permitiu ver que não conseguiriam trabalho e que essas qualificações, em muitos casos, são uma fraude pois não sabem ler, escrever, pensar e reflectir com destreza. Está tudo nivelado por baixo. Tantos governantes, ministros, secretários de estado, deputados, pais, bons professores, ninguém parou para reflectir e analisar o mal que estava a ser feito a gerações de jovens deste país, de modo a inverter decisivamente a política de educação e também da formação que é outro caso gravíssimo. O futuro tem que passar por avaliações sérias e permanentes que resultarão, fundamentalmente, da aferição de conhecimentos dos alunos através de exames constantes. Professores que tenham, por norma, mau aproveitamento, na passagem de conhecimentos, têm que sair do sistema. Por outro lado, não podemos continuar a ter professores que são empregados dos sindicato ou outros ainda que são autênticos engraxadores e expeditos na organização de convívios, almoçaradas, lanches e festarolas. É claro que, por estas e por outras, é das classes profissionais com mais divórcios. Há ainda aqueles que para disfarçar a sua incompetência a ensinar tentam compensá-la com uma enorme onda de afectos que, por ser em demasia, torna os alunos completamente infantis. Alunos indisciplinados que apenas pretendem instalar o caos e a confusão e ganhar protagonismo de liderança negativa, não permitindo que a maioria aprenda, não queiram estudar, tenham muitas faltas e abandono escolar devem, de imediato, ser direccionados para a via profissionalizante. Quanto aos programas educativos, dos quais os alunos têm sido cobaias ao longo destes anos, tem que haver uma grande objectividade. Portugal tem que se adaptar às suas necessidades e recursos que tem e substituir disciplinas por outras que serão mais eficazes em áreas como: Turismo - Energias renováveis Via profissional activa - Informática em larga escala - Línguas Educação cívica e rodoviária etc. Temos que reduzir, drasticamente, o número de professores, ou seja todos aqueles, que são muitos, que não querem, não sabem, ou que sabem mas não conseguem transmitir os conhecimentos e saberes aos seus alunos. Basta de professores que dizem que dão o seu melhor quando esse melhor é de uma total ineficácia educativa. Prestem um serviço aos jovens de Portugal mudando de área profissional. Quanto aos alunos que não querem estudar, têm que optar pela via profissionalizante, pois existem muitos exemplos de sucesso económico e de realização profissional em áreas tão carentes e necessárias como: Carpinteiros – Serralheiros – Mecânicos - Vendedores etc. etc. etc. Os pais deviam reivindicar com veemência a via profissionalizante para os seus filhos que não podem ou não querem estudar, pois não há falta de trabalho e terão óptima qualidade de vida. A continuidade na escola, sem o interesse, fundamental do estudo, pode resultar naquilo que muitos receiam – Droga – Prostituição – Gangs - Claques etc. É claro que isto é um quadro muito negro mas é, infelizmente, a realidade. Contudo, temos recursos humanos preparados e competentes para inverter a situação, mesmo sendo apenas 30%. Vale muito mais a qualidade do que a quantidade de professores e alunos, pelo que se deve incentivar e estimular as reformas, mesmo que tenha de haver algumas correcções pontuais, da Ministra da Educação e lembrar-lhe que há uma certa classe de pessoas que só consideram diálogo construtivo quando o mesmo vai ao encontro das suas ideias e objectivos.

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