Deveríamos votar nas eleições norte-americanas.

Mitt Romney afirmou, com todas as palavras, em um de seus mais importantes comentários de campanha, que a ele não importa saber quantos foguetes estão matando civis em Damasco mas se todos os americanos natos estão formalmente empregados, morando e comendo bem.Essa é a direção do discurso de todos os candidatos republicanos desde Lincoln. Parece não haver distinções marcantes entre as "ideologias" dos dois gigantescos partidos políticos norte-americanos, mas elas existem e trazem resultados ora positivos ora desastrosos ao sul do equador. Eisenhower, republicano, praticamente nos empurrou goela abaixo um acordo militar pelo qual "aparelhamos" nossa forças armadas com modernos jatos Gloster Metheor ingleses de 1945; navios da primeira guerra mundial;DC-3 e Catalinas e armamento na fase de canibalização. Isso parece pouco importar no mundo nuclear de hoje. Claro! Mas se tivéssemos seguido, como a China, Índia, Paquistão, Israel e Coréia do Norte o caminho de uma mísera bomba nuclear, já estaríamos sentados no Conselho Permanente de Segurança da ONU. Kennedy era democrata mas enfiou a VI frota aqui por perto e que foi bem utilizada por Johnson e o Embaixador Lincoln Gordon para apoiar a "redentora" de 1964. Nixon, republicano, apesar de enfiado até a goela com a Guerra do Vietnã, agiu com o super liberalismo comum ao seu partido e nos levou ao fim do "milagre econômico" com a novo desenho geopolítico (e econômico) do mundo. Carter, democrata, nos ajudou com sua decisão de só enviar ajuda aos países do terceiro mundo que não ferissem direitos humanos, fator que determinou o fim do governo militar. Em contrapartida, os choques do petróleo e as consequentes decisões republicanas de Reagan geraram a explosão do déficit público americano e o Consenso de Washington que transformou cerca de 70 países emergentes em financiadores desse déficit. Sob Clinton, democrata, simplesmente criou a ALCA como corolário dos interesses econômicos norte-americanos na área, Aliança que não prosperou no Governo Bush, republicano, que fez tábula rasa de todos os princípios democráticos, de fachada, preocupado em garantir a longevidade das reservas de petróleo dos Estados Unidos e seus interesses mais profundos ao redor do globo, danem-se os contrários. Obama, democrata, tem tentado incluir em sua agenda os princípios defendidos pelos tratados internacionais de proteção ao meio ambiente e uma defesa menos apaixonada do american way of life. Vitorioso, Romney virá com a sua patrol raspando tudo o que não interessa à salvação do buraco que os americanos cavaram para eles mesmos (bolha especulativa imobiliária). Virá, como no Apocalipse, causando pranto e ranger de dentes, com antolhos de proteção aos interesses dos Estados Unidos e que se exploda o resto do mundo, nele o Brasil, notadamente com o assanhamento internacional causado pelos oito anos de exposição das bravatas de Lula. God save Obama! And, Brazil for votting in next american elections!